AO ESCREVER...
Ao escrever...
Eu quero a inocência da criança
Jamais malícia em que o homem cansa
A sinceridade infantil que não disfarça
À engenhosidade adulta d'uma farsa...
Ao escrever...
Preciso do olhar cristalino infantil
Prescindo o olhar do "velhaco" pueril
A visão desembaçada sem maldade
À visão encarcerada à sociedade...
Ao escrever...
Desejo a inteligência nova e boa
Rejeito a "presciência" que atraiçoa
A solução mais fácil de um menino
Ao raciocínio lógico do ensino...
Ao escrever...
Do homem, manejo somente a mão
Menino eu carrego no coração
Idade, eu não sei mais como esconder
Os vincos da face desenharão
Os traços faltantes, ainda a aprender...
Ao escrever...
Autor: André Pinheiro
24/09/2014