Da Senha
Invento a minha senha confidente
pra dizer o que, só poemas, dirão
mas meu amor, se lido com a razão,
me faz (perdão!) mais um inventor, somente.
Perdoe, sim (ai, de mim!) a invenção
se, assim, disser um não pra sua mente!...
meu coração, mulher, o que ele sente,
racionalmente, requer intuição.
Mas se puder ser menos inteligente
e, de repente, mais sensível, então;
quem sabe sinta meu sim dentro do não...
não minta, essa razão, que tanto mente...
e não seja preciso que eu invente
outra senha de abrir seu coração.
03-10-2014