Da Senha

Invento a minha senha confidente

pra dizer o que, só poemas, dirão

mas meu amor, se lido com a razão,

me faz (perdão!) mais um inventor, somente.

Perdoe, sim (ai, de mim!) a invenção

se, assim, disser um não pra sua mente!...

meu coração, mulher, o que ele sente,

racionalmente, requer intuição.

Mas se puder ser menos inteligente

e, de repente, mais sensível, então;

quem sabe sinta meu sim dentro do não...

não minta, essa razão, que tanto mente...

e não seja preciso que eu invente

outra senha de abrir seu coração.

03-10-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 03/10/2014
Reeditado em 11/12/2015
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