A LÍNGUA DO VENTO

Manhã fria. Mas não sem poesia. O vento vem gelado e de um jeito inusitado, fazendo alarde, brinca com os cabelos e as mulheres procuram o espelho, brigam com o vento arteiro, mas eles brincam e lhes jogam os frios beijos. O vento é como uma criança que se diverte e corre e sobe e desce e nos sussurra de gélida e singela maneira, com um vocabulário extenso e de silêncio, dizendo poesias em uma língua que não entendemos, a língua do vento.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 02/10/2014
Reeditado em 29/01/2017
Código do texto: T4984808
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