De volta ao Cangaço

De volta ao Cangaço

Releio nas páginas do jornal

Que o passado não deixou de ser

Veja as fotos do tiroteio de novo

Noto o medo do meu povo

Que clama por segurança

Que seu vespertino regaço

Teme a volta do cangaço

Vejo as quadrilhas, antigo bando

“Lampiãoainda tem esperança

Que no ” e o seu desmando

A polícia protegendo marginal

Eu percebo todo o mal

Que atinge nosso lugar

Mas não posso calado ficar

Tenho que com a poesia gritar

Para todo mundo ouvir

O que ninguém pode desmentir

Que a insegurança nos pegou

Que o momento é de medo e de pavor

Ninguém sabe aonde vai parar

Se não há mais quem possa deter

O Ladrão está solto, preso estou eu e você

Que não podemos andar de noite

Que tememos o assalto e o acoite

Dos novos cangaceiros

Que roubam galinha do terreiro

Que transtornam a nossa paz

Sabendo que a justiça e incapaz

De justiça um dia fazer

Condenado sou eu e você

Que temos que padecer

Nas mãos desses marginais

A maioria ainda rapaz

Que jamais futuro vão ter

Sem estudo e sem saber!

Luciano Costa

22/05/2007

Antonio Luciano da
Enviado por Antonio Luciano da em 23/05/2007
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