De volta ao Cangaço
De volta ao Cangaço
Releio nas páginas do jornal
Que o passado não deixou de ser
Veja as fotos do tiroteio de novo
Noto o medo do meu povo
Que clama por segurança
Que seu vespertino regaço
Teme a volta do cangaço
Vejo as quadrilhas, antigo bando
“Lampiãoainda tem esperança
Que no ” e o seu desmando
A polícia protegendo marginal
Eu percebo todo o mal
Que atinge nosso lugar
Mas não posso calado ficar
Tenho que com a poesia gritar
Para todo mundo ouvir
O que ninguém pode desmentir
Que a insegurança nos pegou
Que o momento é de medo e de pavor
Ninguém sabe aonde vai parar
Se não há mais quem possa deter
O Ladrão está solto, preso estou eu e você
Que não podemos andar de noite
Que tememos o assalto e o acoite
Dos novos cangaceiros
Que roubam galinha do terreiro
Que transtornam a nossa paz
Sabendo que a justiça e incapaz
De justiça um dia fazer
Condenado sou eu e você
Que temos que padecer
Nas mãos desses marginais
A maioria ainda rapaz
Que jamais futuro vão ter
Sem estudo e sem saber!
Luciano Costa
22/05/2007