Velho cobertor
Novas estações de primos
o cobertor da cura agora é aconchego
de homem feito nos braços de uma bela
jardins e perfumes no mesmo paraíso
saudades de alguns espinhos
espetam ossos e fortalecem o peito
sol a pique
queima olhos
e ervas daninha
alimentam o velho pardal
que voou para outras capitais
Águia cansada de dor
Virou o lado do cobertor
Pra beijar a flor
E pousar na sacada de frente pro mar
Ao lado de uma fera.