Caos

Nunca morrer na amargura

Nunca perder num só dia

Como a luz diáfana da sepultura

Na tua premente melancolia.

Frios os olhos calados

E cingindo no teu

Os meus sonhos gelados

Partida de um vão ateu.

Numa celestial esfera

Toda escura no esplendor

No amor que ainda espera

Asas abrem o céu do ardor.

Ninhos ao vento despencando

Nos cemitérios e seu inverno

O silêncio e o espanto ceifando

Na harmonia geral do inferno.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 23/05/2007
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T498227
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