Caos
Nunca morrer na amargura
Nunca perder num só dia
Como a luz diáfana da sepultura
Na tua premente melancolia.
Frios os olhos calados
E cingindo no teu
Os meus sonhos gelados
Partida de um vão ateu.
Numa celestial esfera
Toda escura no esplendor
No amor que ainda espera
Asas abrem o céu do ardor.
Ninhos ao vento despencando
Nos cemitérios e seu inverno
O silêncio e o espanto ceifando
Na harmonia geral do inferno.
HERR DOKTOR