Cacofonia (do tudo-nada)
Ing e Yang, direito e esquerdo
Mulher e homem, bonito e feio
Parece mundo
Parece mudo
Parece tão parado, errado, fechado,
Que ninguém abre
Parece tão esperto, certo, aberto
E ninguém sabe
Parece mundo, parece mudo
Parece que pára, parece com nada
Parece que tapa a cara
Parece tapa na cara
Parece palavra
O fracasso está escasso
Como um buraco no espaço
E ainda ouço os passos dos teus passos
Quando esbarro nos teus braços, teus abraços
E quebro os vasos de barro, deixo os cacos...
Olhares trocados,
Os vários contrários
Que rasgam contratos,
Saindo do armário
Sorrindo...
Falsários
A janela na altura da canela
Que deixa ver a passarela
Cheia de magrelas
Eu não vou mais falar dela,
Nem da janela...
A mente imunda do mundo que afunda
A mente fraca do mundo que acaba
E a mente escura do mundo que muda
Muda, acaba, afunda...