Canção de Sarajevo
Há tanto que a morte
perambula em Sarajevo,
que nuas, tornaram-se as ruas.
O fogo e a metralha
cobriram os risos;
surdos ficaram os cellos
e inúteis os últimos guizos.
Estão findos os amores
e órfãos os poemas.
Vadias, vagam as canções
entre soturnos escombros
e cessam, ante tantos assombros.
A guerra,
sempre a guerra,
entranha-se nas almas
e marcha nos homens zumbis.
Marcha com os súditos de Ares,
imperador das hordas ensandecidas
de assassinos suicidas.
Há tanto se chora em Sarajevo,
que estão secos os olhos de Tanya.
Secos espinhos,
sem rosas que os adornem.
Há tanto que a morte
perambula em Sarajevo,
que nuas, tornaram-se as ruas.
O fogo e a metralha
cobriram os risos;
surdos ficaram os cellos
e inúteis os últimos guizos.
Estão findos os amores
e órfãos os poemas.
Vadias, vagam as canções
entre soturnos escombros
e cessam, ante tantos assombros.
A guerra,
sempre a guerra,
entranha-se nas almas
e marcha nos homens zumbis.
Marcha com os súditos de Ares,
imperador das hordas ensandecidas
de assassinos suicidas.
Há tanto se chora em Sarajevo,
que estão secos os olhos de Tanya.
Secos espinhos,
sem rosas que os adornem.
Produção e divulgação de Pat Tavares, lettré, l´art et la culture, assessora de Imprensa e Comunicação. Rio de Janeiro, Primavera de 2014.