SONETO VAZIO

Isolada na penumbra, encontrara ela,

sentada numa ponte observando o céu;

até que cheguei e sentei ao lado dela

e olhei em seus belos olhos cor de mel.

Tão logo fui envolvido por aquela

que a face vertia um marasmo cruel,

a espera de um dia fugir da procela

e destrancar-se do frio mausoléu.

Portanto, hoje, seu vazio terá fim,

pois aceitou minha humilde companhia

confiando todo seu respeito a mim.

Na espera de resgatar sua empatia,

preencho com poesia essa união

onde marca a conquista dessa afeição. 

© Ismael Marck em “Desígnios & Desejos”, 3ª edição, 2022 — publicação independente.