Redemoinho

O som de meus versos

invadindo as rimas que construo

se apossando do espaço que busco

para poder mexer meus braços,

enquanto ando ou enquanto durmo

ou enquanto asseguro um giro ao volante.

O som que se desloca

e que me toca a parte oca

que precisa de preenchimento

E novamente vem um vento

que afasta para longe

O fabricar de pensamento

Lento retorno ao meu istmo

A minha terra onde piso

A esse mar em que mergulho

E vem daí esse barulho

que me desperta e eu sigo em frente

Vou bater perna

enquanto a brisa

Traz de retorno o meu ofício