Como Stradivarius
Só quem teve nas mãos um dia esta preciosidade,
Pode bem aquilatar as emoções que ela desperta,
Ao exprimir o som, no buscado tom, na hora certa,
E, seu bem maior dom, se faz melhor com a idade.
Como um bom vinho que se mantém enclausurado,
Por décadas na adega, à temperatura determinada,
Fermentando para constituir-se em equação ansiada,
Com a poeira do tempo inclemente sobre ele depositado.
Hoje, a vejo ressurgir para o mundo, e se expressar
Em poesias em sua mente por tanto tempo contidas,
Como um grito plangente guardado por toda a vida,
No aguardo do arco para o violino divino despertar.
Quisera ser, não como Deus, mas como mero mortal,
O arco que tivesse o dom de tocar em suas cordas,
Fazer vibrar seu cerne Stradivarius, do centro às bordas,
E extrair de sua alma, com calma, esta cantiga imortal.
Só quem teve nas mãos um dia esta preciosidade,
Pode bem aquilatar as emoções que ela desperta,
Ao exprimir o som, no buscado tom, na hora certa,
E, seu bem maior dom, se faz melhor com a idade.
Como um bom vinho que se mantém enclausurado,
Por décadas na adega, à temperatura determinada,
Fermentando para constituir-se em equação ansiada,
Com a poeira do tempo inclemente sobre ele depositado.
Hoje, a vejo ressurgir para o mundo, e se expressar
Em poesias em sua mente por tanto tempo contidas,
Como um grito plangente guardado por toda a vida,
No aguardo do arco para o violino divino despertar.
Quisera ser, não como Deus, mas como mero mortal,
O arco que tivesse o dom de tocar em suas cordas,
Fazer vibrar seu cerne Stradivarius, do centro às bordas,
E extrair de sua alma, com calma, esta cantiga imortal.