VOO DO POETA...

O poeta estava confuso,

Sabia dos dedos no teclado

Mas não conseguia ouvir a música...

De repente: silencio!!!

Um raio de sol transpassava o seu poema,

Era dia... sim... ele sabia...

A noite havia sucumbido.

O silencio como punhal afiado,

Insistia em cortar seus versos...

Assim tinha de ser,

Ecoou a voz por entre labirintos de profecia:

- O que está escrito, se cumprirá!

Fechou os olhos....

Ligou o som:

Se deixou envolver pela melodia

Tantas vezes bebida.

E voou...

Como voam todos os poetas.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 25/09/2014
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