O SILÊNCIO DAS PALAVRAS

Virei um açude involuntário,

estanquei em mim as palavras.

Foram presas na garganta,

como que cercadas em cubículo,

de cujas grades queriam fugir.

Calada a voz,

o coração disparou

e gritos sufocados

bramiam em meu peito.

Quedem, por favor,

para que eu dormir possa.

Em vão imploro,

arrastam-me elas

vertedouro abaixo...

desaguam meus olhos

e confluem com este rio.

Palavras soltas,

comportas abertas.

Eis meu poema!

Dalva Molina Mansano

25.09.2014

09:36

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 25/09/2014
Reeditado em 25/09/2014
Código do texto: T4975524
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.