Fotografia © Ana Ferreira
SILENCIOSO ESPERAR
No jardim, entre cores, flores e aromas
de rosas e hortelã,
há uma silhueta de pedra que,
em silêncio, afaga memórias;
há um corpo escondido sob vestes graciosas;
há um rosto nu e frio que ilumina as manhãs.
Há uma espera antiga que renasce,
dia após dia,
num petrificado coração.
Há um silencioso esperar
no abraço quente do sol
que aquecerá o sorriso cinzento.
Há um indizível acreditar
na luz que lhe guiará
os sonhos de amor e paixão,
entre caminhos de alecrim e alfazema.
Há um esperar a hora certa
para soltar ao vento as palavras que esperam ser ditas,
quando a mão que tanto espera
tocar o frio rosto e adornar
os contornos do petrificado olhar
com as linhas vermelhas e quentes de um poema.
Ana Flor do Lácio
No jardim, entre cores, flores e aromas
de rosas e hortelã,
há uma silhueta de pedra que,
em silêncio, afaga memórias;
há um corpo escondido sob vestes graciosas;
há um rosto nu e frio que ilumina as manhãs.
Há uma espera antiga que renasce,
dia após dia,
num petrificado coração.
Há um silencioso esperar
no abraço quente do sol
que aquecerá o sorriso cinzento.
Há um indizível acreditar
na luz que lhe guiará
os sonhos de amor e paixão,
entre caminhos de alecrim e alfazema.
Há um esperar a hora certa
para soltar ao vento as palavras que esperam ser ditas,
quando a mão que tanto espera
tocar o frio rosto e adornar
os contornos do petrificado olhar
com as linhas vermelhas e quentes de um poema.
Ana Flor do Lácio