CHARLOTTE CONVIDA
 
 
Vermutes em vitrais
Erguidos como
Taças que cristais
Faziam olhos
Olhos que te viam
Querer entrar
Num mundo permitido
Aos demônios
Encantados
Escorria alcalóides
Vertentes
Fartos do puro
Que canta sorrindo
Banguela
Guiado a sonhos fúteis
Contados
Pelos trovadores da porta
De Dante
Com bandolins sem corda
Que avante
Ficavam tão pequenos
Ante ela que desabrocha
Reinando
Estupenda
Na porta horrenda
Que assusta os comuns
A ficarem no jardim
A se vestirem de túmulos
Perto do bosque
Que caminha
Pra beijar os pés
Da divina mulher
Longos cabelos
Ao assovio do vento
Misturado ao relento
Úmido
Harhor canta o hino
De retraia
Fique comigo
Ela atrai a sorte
Que vocês conhecem
Faz descer o teatro
Das sismas vestidas
Pra encantar
Todo lugar
Mesmo escuro impuro
Parece outro lugar
Vagam o lúmens
De zumbis mudos
Num submundo
Que parece  agonia
Mas é a tarde da terra
Deixada vazia
Ela linda frente ao arco
Onde trepadeiras
Velhas
São resenhas de tempo
Entre
 tome um “veneno”
absinto sem gelo
Não espere nada lá dentro
Serão suas coisas
Sortidas
Pra ganharem vida
na festa de sombras
“Descobertas”
Nunca traga ninguém com você...