Quem sabe não ser
Quem sabe não ser
O teu azul de prata
Que cobre o mar de luz
É ser o que ignoro
E que se adentra febril
A devorar
Os encantos teus.
Talvez não ser
Seja um tamanho saber
De si
Que morre
Em cada passo
Desordenado teu.
Não sei o que cantas
Como jantas
O que bebes
Ou levantas
Não sei o que dói
Em ti
Que de mim parte.
Tu és um talvez
Dentro de uma arte
Afinada
Insinuante
Sinuosa de sentidos
Talvez vida
Sombra ou dança
Palpitação
Arraigada de mim.