manhã
Entardecemos, ainda somos
Manhãs,
E nos encontramos em suas águas
Ainda gritamos com as cigarras
voamos nos pássaros
e ainda damos saltos ornamentais
Nas esquadrias de nossa classe;
As manhãs, frias como valquirias
As belezas manhãs
Há quem pertencem?
Aos que vivem,
Seja aqueles que ainda
Se escondem da noite
Seja daqueles que amam
Sua verdades
Dancemos nessa tarde
Dourada, nessa tarde
Que ainda brilham
Pois somos tarde
E logo seremos noite
E em todas elas a manhã
A manha pulsa, como
Se pulsa o coração livre