manhã

Entardecemos, ainda somos

Manhãs,

E nos encontramos em suas águas

Ainda gritamos com as cigarras

voamos nos pássaros

e ainda damos saltos ornamentais

Nas esquadrias de nossa classe;

As manhãs, frias como valquirias

As belezas manhãs

Há quem pertencem?

Aos que vivem,

Seja aqueles que ainda

Se escondem da noite

Seja daqueles que amam

Sua verdades

Dancemos nessa tarde

Dourada, nessa tarde

Que ainda brilham

Pois somos tarde

E logo seremos noite

E em todas elas a manhã

A manha pulsa, como

Se pulsa o coração livre

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 22/09/2014
Código do texto: T4971601
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.