Eterna busca ao desligamento

No abre e fecha dos olhos

Na fita que pausa e descansa

Nos sentidos comprimidos do corpo

No ritmo de uma imprevisível dança

Onde o passado se faz acontecer

Em uma torturosa hora da manhã

Levantar, relembrar e olhar o que fazer

Repetição de uma caminhada vã

Acordar em um pesadelo, dia cinza

Afirmando que não será fácil, o tempo,

Tão presente nas horas mais secas

Tão ausente nos bons momentos

Onde viver, saber ou até ser

Devia ser questão de desligamento

Do curto-circuito do mundo inquieto

No dominio completo de qualquer momento

A vida e sua virtude, a inquietude

De seres que precisam do outro

Para reconhecer sua atitude

E não acreditares que és um louco