FRIO EM MAIO
Deita do meu lado
E vem ver a Lua Nova.
Joga o colchão no chão
Porque a cama é antiga e faz barulho.
Abraça-me com mais força
E vem derreter todo esse frio.
Joga a sua roupa no estrado
Porque corpos nus ardem com mais veemência.
Beija a minha boca de leve
E delicadamente morda os meus lábios vultosos.
Joga a responsabilidade para fora do quarto
Porque daqui você não sai tão cedo.
Nada de ducha pela manhã
Lavo o teu corpo
Com a minha saliva.
Nada de café ao amanhecer
Alimente-se com o meu corpo,
Até ficar exaltada.
Abraça-me com força
E retira-me deste mundo,
Deixe que eu conte o que passei
Com os olhos ainda molhados.
Abraça-me com força
Conte-me como foi a sua semana,
Deixe que eu entre na tua vida
Com esse amor novo querendo crescer.