UMA DATA

UMA DATA

Uma data perdida no tempo...

Pode ser a data de uma canção,

Musica num bar esfumaçado,

Numa época de coisas erradas,

De datas marcadas na parede,

De relógios de pulso no braço,

E telefones que ficavam na parede.

Uma data perdida num papel,

Amassado no fundo da carteira,

Uma recordação sem numero,

Seria uma data ou um telefone,

Era uma noite de sábado chuvosa,

A lembrança é clara do bar,

O nome do bar e sua localização,

Mas por que seria guardada a data?

Olhos verdes atrás de óculos fortes,

Jazz emanava pelo ambiente,

Num canto um vaso com canabis,

Nem parecia cidade do interior,

Uma data marcada num papel...

Dia da mentira e começo da verdade.

Mãos suando e a vocalista num solo,

Os instrumentos param ela faz capela,

Apenas uma data perdida no tempo,

Mas o tempo é invenção do homem,

Assim como a data é invenção humana,

Resta a recordação desta data.

O jazz, a fumaça, o tempo e a chuva.

Ao fechar os olhos dentro da data...

Vejo um sorriso e os olhos verdes dela...

André Zanarella 10-01-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 20/09/2014
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