Ah, como gostaria de saber


Ah, como gostaria de saber, se tu amas
De fato, como agora sugeres, quando
Com meus dedos divago por tuas costas,
Com tato a escrever meu nome, como gostas,
Subtraindo de teus lábios doces beijos enquanto
Delicio ao contato de teus poros, e me clamas.

Como gostaria de entender os suaves mistérios
Que encontro em teu pescoço, em tua nuca,
Em teus seios, quando terno me quedo e os beijo,
A exprimir o incontrolável e incontido desejo
Que então de mim se apossa e te deixa maluca,
Quando pedes que estenda sobre ti meu império.

Como gostaria de saber se de fato tu entendes
Cada uma das metáforas que crio em teu umbigo,
Que então florescem e se irradiam por tua virilha,
Onde teus parcos pelos me aguardam como se ilha,
Perdida em meio ao oceano onde encontramos abrigo
Às tempestades da vida com que nos estendem.

Ah, como gostaria de saber, com quantos versos
Poderia sintetizar meus beijos, todo este clamor
Que de mim se apossa e lanço a tua procura, célere,
Buscando-me em teu coração, sob tua própria pele,
Resquícios deste imenso, irretocável e infinito amor,
Puro, indefinido, bem maior que o próprio universo.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 19/09/2014
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