ABSTRATA CHARADA
Mundo moderno,
Qual plano, sem engano?
Vou andando por aí à toa,
Numa boa.
Penso no nada,
O mais consequente,
Ao meu longe viver eminente.
Tudo é confuso,
Quando o cosmo tem o tudo.
E por que começou,
Se o nada não ficou?
Agora é fácil observar...
Tudo se move.
Uma janela se abre (love)
Uma estrela brilha,
Ah tá! É minha vida!
No fim de mim,
Tem só interrogação,
Mas bate seguramente meu coração!
Ainda não fiquei senil,
Mas o ciclo é infalível...Até quando?
Todos os neurônios vão se desarranjar,
Então devo mesmo viajar.
Deixo-me levar,
O tudo e o nada
Só me embriagam,
Mas a vida é real.
Vou andando por aí,
Quem sabe?
Poder ver através da janela,
Meu chão, minha terra,
Desbravar, até onde possa ir.
Mas se isto é assim,
Que mais posso fazer?
Nesta vida que levei,
Vale tudo ou vale nada,
Nem o ouro nem a prata,
Muito mais que diamante,
Os neurônios a cada instante,
Que ao longo foi pegada,
Muitas vezes fui largado,
à deriva rude de meu legado.
Mas a vida é real.
Vou andando por aí,
Quem sabe, o caminho de seguir?