ABSTRATA CHARADA

Mundo moderno,

Qual plano, sem engano?

Vou andando por aí à toa,

Numa boa.

Penso no nada,

O mais consequente,

Ao meu longe viver eminente.

Tudo é confuso,

Quando o cosmo tem o tudo.

E por que começou,

Se o nada não ficou?

Agora é fácil observar...

Tudo se move.

Uma janela se abre (love)

Uma estrela brilha,

Ah tá! É minha vida!

No fim de mim,

Tem só interrogação,

Mas bate seguramente meu coração!

Ainda não fiquei senil,

Mas o ciclo é infalível...Até quando?

Todos os neurônios vão se desarranjar,

Então devo mesmo viajar.

Deixo-me levar,

O tudo e o nada

Só me embriagam,

Mas a vida é real.

Vou andando por aí,

Quem sabe?

Poder ver através da janela,

Meu chão, minha terra,

Desbravar, até onde possa ir.

Mas se isto é assim,

Que mais posso fazer?

Nesta vida que levei,

Vale tudo ou vale nada,

Nem o ouro nem a prata,

Muito mais que diamante,

Os neurônios a cada instante,

Que ao longo foi pegada,

Muitas vezes fui largado,

à deriva rude de meu legado.

Mas a vida é real.

Vou andando por aí,

Quem sabe, o caminho de seguir?

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 19/09/2014
Reeditado em 24/09/2014
Código do texto: T4968193
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.