Só sei que na vida, por ora
Não tenho nenhum medo,
Só tenho vontades,
As horas que avançam impunes,
O tempo que não conhece metades.
E se me move tanto o desejo
Por tudo quanto ainda não vejo,
Quando tocar tudo o que almejo
Teu corpo, tua boca, teu beijo,
No ensejo de um sonho refeito,
Na realidade de um mundo perfeito,
No que era antes mesmo de ter sido
Esse nosso pretérito-mais-que-perfeito.
Porque no tempo certo sempre te amei
Enquanto me amaras te amando tanto
No tanto do quando eu sempre te amei.
E é por ora tudo quanto sei,
Não ter medo do que virá a ser,
Ter só essa vontade desde sempre,
Com que desde sempre te desejei.
 
A realidade, a verdade, as minhas vontades
São apenas vontades e tudo que delas sei
Ou, por ora, tudo quanto eu nem sei que sei...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 19/09/2014
Reeditado em 09/01/2021
Código do texto: T4968104
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