A pior solidão é sempre a sua.
E pior ainda quando se dá acompanhada.
A mal fadada solidão a dois...
Eu, pelo menos, estou só, na rua vadia de meus dias,
Desacompanhado de tudo aquilo que me contrasta,
Não dou mole para essa sorte madrasta,
Não me deixo levar por uma ilusão nefasta.
Estou só como sempre estive nessas noites frias.
E nunca cultivei uma paixão assim muito casta,
A paixão que desejo eu não tenho, mantenho
Tudo o que penso que tenho no que me afasta
Da desgraça de querer justamente o que já tenho.
O que tenho, o que não tenho, se é que tenho, eu penso
É tudo aquilo que me arrasta para as profundezas
Do inferno incabível das coisas todas que mantenho.
Perdi o senso e a direção, errei a mão, o pé e o chão
Porque tudo o mais que se gasta é o que me desgasta
No ermo dessa solidão que já há tanto não me basta
E pior ainda quando se dá acompanhada.
A mal fadada solidão a dois...
Eu, pelo menos, estou só, na rua vadia de meus dias,
Desacompanhado de tudo aquilo que me contrasta,
Não dou mole para essa sorte madrasta,
Não me deixo levar por uma ilusão nefasta.
Estou só como sempre estive nessas noites frias.
E nunca cultivei uma paixão assim muito casta,
A paixão que desejo eu não tenho, mantenho
Tudo o que penso que tenho no que me afasta
Da desgraça de querer justamente o que já tenho.
O que tenho, o que não tenho, se é que tenho, eu penso
É tudo aquilo que me arrasta para as profundezas
Do inferno incabível das coisas todas que mantenho.
Perdi o senso e a direção, errei a mão, o pé e o chão
Porque tudo o mais que se gasta é o que me desgasta
No ermo dessa solidão que já há tanto não me basta