o teatro de nós todos
nossos supostos pecados são diariamente pagos com humilhações, peregrinações, ilusões
infinitas prestações no carnê da casa odisseia dos condenados
datado e assinado
por uma espécie de andarilhos desfigurados
...
médiuns insanos tentarão captar
o eco "perdido" de antigas falácias, chacinas macabras, violetas
orquídeas, retratos
indícios de histeria coletiva em nossa civilização
...
a tristeza que invade a janela do ônibus
o brilho opaco do olhar cansado em desânimo
somos o sorriso que se esvai ao longo dos anos
um resultado de vidas desalmadas devidamente devastadas, desperdiçadas
falsas histórias, filas do sus, coisas purgatórias
somos guerras santas em nome de
jesus