Nau

À deriva...

Sob um horizonte anil,

Em ondas, de versos tímidos,

Em luzes, de cores avermelhadas;

Trás a lume o verde,

Que inventa a fonte;

Que rascunha o monte...

Que diz ao mundo,

Os segredos desconhecidos,

Das flores.

A janela,

Em frente aos olhos,

Faz mostrar, que a passos largos,

Sutil gaivota,

No marasmo longinquo de qualquer cais,

Procura a felicidade momentania.

E onde dizes não entender,

Hás de ser um mar.

Que em algum dia,

Exibirá a saudade...

Pela gotículas das horas.

Expondo a linhagem aguda,

Da Essência humana,

Que envolta em dores,

Ainda está por se descobrir,

Em seus amores.

Não distante o céu,

A terra...

A alma vaga,

Em meio as dimensões alheias as nossas vontades.

Se um dia amanhecemos sob irá;

Há outros que a lei é bem mais que o sorriso.

Entre o horizonte, o mar e a raiz dos dias.

Viver é pura sinergia.