Eu me ia crescendo em um quintal
Do tamanho da infância ali florida,
E numa porção de água ajuntada
Eu via grandezas refletidas
Das coisas longínquas
No estreitamento do que eu podia ter.
Via os pássaros voando em círculo,
E quando se iam
Meus olhos se enchiam de nuvens e luas
E tudo que borboleteasse o olhar.
 
Quando olhei além das águas
Vi muito mais do que poderia ver;
Havia infinidades estreitando o quintal,
Havia nomes para o Inominável,
Aprisionamento de ventos para a vaidade,
Ventos que tanto passaram por mim...
 
Antes o mundo na superfície daquelas águas
E o quintal contendo o Universo.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 19/09/2014
Reeditado em 19/09/2014
Código do texto: T4967663
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