Gaiola do Tempo
Não é ópio de fantasia
Não é lirismo da poesia
É o beijo sensual da magia
que rasga a virgindade do dia
Estupra a castidade da alma
Faz o destino mudar!
Rompe a gaiola do tempo
Deixa a infelicidade voar
Das trevas o ser vai libertar
No oceano as dores afogar
Com o canto da sereia se inebriar
no porto da alegria ancorar
Na fonte da desilusão não mais chorar
A realidade vai tecer e bordar
Com a luxúria dos versos
noites de amores excitar
Com o kamasutra da vida
o coração vai ensinar a amar
De verde a tristeza pintar
Com flores eróticas os caminhos
dos desejos vai perfumar
Para o calabouço da solidão
nunca mais voltar
No umbigo do mundo
os versos soturnos enterrar
Cansou do triste poetar!
Da vil sina de um poeta vulgar!
No Panteon da felicidade
uma nova vida engravidar!
09/01/2005 - 2:10