O Céu Azul

O verso entrou veloz pela porta da rima,

Entrou por cima, pacifico e saiu feroz,

Num átimo, um ótimo delírio de palavras,

Deixou um caminho manchado no ar,

Estendeu no céu, o véu do verbo amar,

Mordeu lábios de chocolate e adormeceu.


O verso entrou como pó fino ou ácaros, 

No calor do fogo do sol derreteu-se em Ícaros,

Pulverizou os sons como gemidos de virgens,

E fez de espasmos suas sanidades e vertigens 

Numa delas, bem ao sul, perdi a chave do céu azul.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 18/09/2014
Reeditado em 18/09/2014
Código do texto: T4966262
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