Estado das Coisas

Não podia deixar de falar/

Que quando não se tem controle/

Tem-se que matar/

Assim é o cotidiano do povo/

Homens matam homens/

Para garantir/

Que no Amanhã/

Se possa sair de casa/

Se possa dormir na varanda/

Se possa andar na rua/

Não tinha que ser assim/

Se somos civilizados/

Mas já está ficando difícil pensar/

O ruim é que já não plantamos flores/

Que já não temos mais coração/

E os amores estão em extinção/

Não precisamos ser grandes/

Não precisamos estar envoltos em ouros/

Não precisamos ser o poder/

Talvez/

Se bem entender/

Possamos tentar compreender o nascer do dia/

Pois não precisamos exterminar/

Se a culpa dessa guerra que está/

É de toda uma obra/

Que muitos não querem saber/

Que outros passam fingindo não ver/

Que nós passamos indiferentes/

O mundo nasce do dia/

Quando os Pássaros em sua sabedoria/

Verbam vida/

Quando as flores em sua beleza efêmera/

Contextualizam