O Sertão na Avenida

Nas veredas do sertão sem fim,

Caminham retirantes esquálidos,

Pés descalços, terra quente e ruim,

Na esperança de fugir, mesmo inválidos.

Nas avenidas das capitais modernas,

Desfilam robustos senhores engravatados,

Automóveis luxuosos, exibições externas,

Não se lembram daqueles entes desgraçados.

E nesses ambientes críticos, por desiguais,

Prevalece a violência e a violação das mentes,

Uns vítimas dos outros, por omissões fatais,

E a maioria cândida, composição de inocentes.

Joanilson
Enviado por Joanilson em 16/09/2014
Reeditado em 16/09/2014
Código do texto: T4964726
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