Do Poetinha

Quando ele, de mim, se aproxima

da melancolia, eu me afasto

porque sigo, na alma, o seu rasto...

na mente, me limpo com sua lima.

Quando ele me faz sentir tão vasto

o coração caminha para cima

a sensibilidade me arrima

e, de ser só poeta, já me basto.

Quando ele, com os seus versos, mima...

põe no colo um poetinha gasto

sinto grama crescendo nesse pasto

e fome de comer a sua rima...

sinto vir o poema, rio acima...

sinto asas...e já não me arrasto.

15-09-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 16/09/2014
Reeditado em 11/12/2015
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