Do Poetinha
Quando ele, de mim, se aproxima
da melancolia, eu me afasto
porque sigo, na alma, o seu rasto...
na mente, me limpo com sua lima.
Quando ele me faz sentir tão vasto
o coração caminha para cima
a sensibilidade me arrima
e, de ser só poeta, já me basto.
Quando ele, com os seus versos, mima...
põe no colo um poetinha gasto
sinto grama crescendo nesse pasto
e fome de comer a sua rima...
sinto vir o poema, rio acima...
sinto asas...e já não me arrasto.
15-09-2014