A DELÍCIA SECRETA DAQUELE REENCONTRO
É, Maria ainda saboreia a delícia secreta
daquele reencontro.
Um risco de luz, na madrugada que se foi.
Reencontrar-se é o yin/yang
Nossas crianças interiores
de mãos dadas numa ciranda lunar.
Maria reamadurece, como o fruto,
aos poucos, deliciosamente.
Reencontros são lentas vagas
de destinos errantes, o so
lo livre da guitarra.
Portos, ruas, avenidas,
cidadezinha da infância.
Maria é como a ventania,
No ocaso aparece a aurora, no seu olhar
satisfeito
Brincadeiras reaprendidas
Cheiro de relva orvalhada.
Seria a esperança verde ou lilás ?
( Um poema sobre reencontros. Tanto pode ser um reencontro amoroso, com um amigo, a família, como o reencontro da pessoa com ela mesma.
Quando falo em crianças interiores, digo da criança que existe em cada um de nós, e com quem precisamos nos reencontrar, para reflorescer, reamadurecer. O poeta Evandro Luiz diz que a saudade é " a inconfortável esperança de um reencontro". Como nos meus poemas mais recentes, neste também existem algumas citações, como a do poeta Antonio Feijó : ( "no ocaso....etc... )
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