"PONTEIROS DO RELÓGIO" Poema de: Flávio Cavalcante

PONTEIROS DO RELÓGIO

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

A noite está muito alta

Não consigo nem pensar

Chorando e sentindo sua falta

Em casa não paro de andar

II

Os ponteiros parecem não cursar

As horas estão de mal comigo

Querendo saber onde você está

Tic- tac bem alto é meu jazigo

III

Uma dor que me corrói, um tormento

Minha mente confusa e estupefata

O relógio pareceu parar num momento

Deixando ofegante de maneira sensata

IV

Relógio e ponteiros em sincronia

Num balançar que abala as essências

Vida doida, de insônia e desarmonia

Com pontos, virgulas e reticências

V

Não quero mais esse tormento da vida

Preocupado com a hora por inteiro

Não vou mais confundir a minha lida

Que se dane o relógio e seu ponteiro

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 15/09/2014
Código do texto: T4963273
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