"PONTEIROS DO RELÓGIO" Poema de: Flávio Cavalcante
PONTEIROS DO RELÓGIO
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
A noite está muito alta
Não consigo nem pensar
Chorando e sentindo sua falta
Em casa não paro de andar
II
Os ponteiros parecem não cursar
As horas estão de mal comigo
Querendo saber onde você está
Tic- tac bem alto é meu jazigo
III
Uma dor que me corrói, um tormento
Minha mente confusa e estupefata
O relógio pareceu parar num momento
Deixando ofegante de maneira sensata
IV
Relógio e ponteiros em sincronia
Num balançar que abala as essências
Vida doida, de insônia e desarmonia
Com pontos, virgulas e reticências
V
Não quero mais esse tormento da vida
Preocupado com a hora por inteiro
Não vou mais confundir a minha lida
Que se dane o relógio e seu ponteiro