ONOMATOPEIA DO AMOR PERDIDO
ONOMATOPEIA DO AMOR PERDIDO
Plic... plic... plic... plic... plic... plic...
A chuva batendo na janela de leve...
Lembro-me de um tarde numa banheira,
Eu e você e muita espuma e a chuva.
Vrrrr... Vrrrr... Vrrrr... Vrrrr... Vrrrr...
Era a trilha sonora que vinha do lado,
Amantes como nós com seus momentos,
Eu, você, espuma, chuva e o motor do carro.
Podia ficar o poema todo em onomatopeias
Teria minha respiração ssghnn... Ssghnn... ssghnn...
Querendo sexo com você mais uma vez,
Ou seria apenas Tum... Tum... Tum...
Ou Tum. Tum. Tum. Nossos corações
Em ritmos de movimentos diferentes,
Movimentos de prazer emergidos na espuma,
Sshuak... Sshuak... Sshuak... Este seria de fundo,
Afinal começariam nos pés e acabariam na boca
Sshuak... Sshuak... Sshuak... Beijar é muito bom
É o termostato de uma relação, é o amor...
Rrss... Rrss... Rrss... Rrss... Rrss... Rrss...
nossos risos pós o gozo, e no relaxamento.
Rrzzz... Rrzzz... Rrzzz... Rrzzz... Rrzzz... Rrzzz...
Nossas respirações cansadas voltando ao normal
Mas tudo isso hoje se tornou lembrança,
Tarde que não voltara mais um motel qualquer
Escuto a chuva em minha janela e retorno ao passado
Plic... plic... plic... plic... plic... plic...
André Zanarella 11-12-2013