O pulo no Muro

Escuro,

Tom do absurdo [...]

Vivência sobre resina.

Da noite anterior, subtraída, sobravam apenas fragmentos da festa sobre a pia.

A água estava gelada. A maldita energia... quando será que se restabeleceria?

O cheiro da vela o enoja.

Na garrafa, silencioso, se lamentava o último trago.

O enfado tomava o espaço.

Lá fora o uivo do vento trepidava na janela infelizes argumentos.

Era inverno. Época dos excessivos convites ao suicídio. Próximo a cama, a proteção masculina, repleta de mortos; prazer e genocídio. Uma noite como outras. Sobre a cama jazia, restos de um homem (...)

Ainda vive.

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 14/09/2014
Código do texto: T4962031
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