Quéda Livre

Aqui estou!

Mais uma vez na beira do abismo

Que em vóz mansa hipnotiza todos os meus sentidos

e me sopra aos ouvidos melodiasde encanto

na certeza que irá me tragar

No cair da tarde ela surge...

Auróra suprema, o que queres de mim?

Selar o desejo da boca da mais bela e perfeita nuvem que surge no céu

que me conduzirá a beijar o chão seco

após uma quéda sem intervalo algum

e ainda mesmo partido em pedaços

irer sorrir como palhaço

aos olhares de todos que ficarem a minha volta... Morto!

Sem vida... Sem chance... Sem razão e sem paz...

Tornarei a puxar os pés dos delirantes

do impiedoso sol que queima como fébre

estarei a soar pela pele e a escorrer pelo corpo

E as estrelas desta noite louca parecem diamantes

que nunca seram amantes do meu olhar sem brilho

Noite de ternura clama o amor!

o extremo da loucura sem limites e sem pudor

uma paranóia absurda e frenética

revirando epiléticamente a minha alma

Eos olhos desse fim de tarde!

são tão negros que cortejam o meu fim ao berço da noite que cai

Singela... Serena... Sutil!

Nutrindo sentimentos de algo que nunca existiu...

Muito menos existirá!

Tão abstraro que o coração não sabe se sentiu...

Tão pouco se sentirá!

" No fundo ele sentiu!"

Mais uma vez a beira do abismo me oferta dar um passo para tráz

mas é adiante que sigo!

Por mais que os meus olhos vejam o erro que seria seguir em frente

não recuo

E o sorridente desejo se atira penhasco abaixo

Matando a pureza da alma

dando vida a uma ilusão mortal

e consequentemente eliminando a minha paz

Aprendemos com as quédas da vida a nos rêerguer

Mais algumas quédas são irreversíveis e matam a cada segundo a nossa excência

mais esse abismo alimenta o meu desejo

e a tão esperada e bela nuvem tentará meu desejo indomável

que me atirará novamente ao abismo sem asas para voar

despencarei deste céu sem dono e sem volta

pois suas mãos não estaram abertas para segurar as minhas

e se mesmo assim minha vida não se acabar

de volta ao topo estarei

Esperando por um novo dia...

Por novos tempos...

Por sua magia...

Por suaves ventos que soprem a minha poesia

para o celeste céu que abriga a nuvem mais perfeita

de formas delicadas e expressivas

que encantam os olhares e alimentam os desejos mais profundos

da carne e da alma.

W.$anto$ ®

Windston Santos
Enviado por Windston Santos em 13/09/2014
Código do texto: T4960361
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