Vazios da alma

E nossos vazios se tornam cada vez maiores,

Tantas coisa vagas em nossas almas,

São tantos buracos não preenchidos ,

Fossas abertas esperando por algo

Que as encham e tomem conta do grande vazio

Cravado na alma e sentido no corpo.

Mentes vazias ,

Corações abertos,

Profundas feridas não curadas

Tentamos em vão preencher os nossos buracos negros

Com roupas de grife ,carros ,rolex ,cartões de crédito ,

Casa de praia ,viagens,perfumes,jóias ,corpo saradão ,

Bebidas ,bolinhas ,ervas,drogas sintéticas...

Mas tudo é em vão ,

Nada que nos faz feliz o dinheiro não compra

Nada que nos faz feliz poderá ser condicionado

E o vazio aumenta vertiginosamente ,

E o buraco cresce enormemente ,

Mentes vazias ,

Corações abertos ,

Corpos de passagem...tudo tão fútil

Nada útil...

De grande só o vazio ...grande só o buraco...

São tantas coisas vagas cravadas nas nossas almas

Vazios sombrios...vazios que não se preenchem

Tentamos comprar ,comprar e comprar...

Mas o dinheiro não preenche o vazio da alma...

Apenas serve para ostentar e mostrar aos outros o "status"

Mas para que termos "status" se para nós não serve para nada?

Teimamos em mostrar aos outros que o nosso vazio não existe ,

Que vazias são elas...

Nossos corpos sarados,

Nossos peitos comprados,

Nossas peles do rosto esticadas,

Nossos corpos "lipoesculpidos",

Nossos cabelos escorridos...

Vazias nós com tanto dinheiro?

Nossas bolsas Chanel ,

Nossas roupas Dior,

Nossos sapatos Louboutin ,

Nossos perfumes franceses,

Nossos cruzeiros ,

Nossas viagens ao redor do mundo...

Não somos vazios,

Nós ostentamos,

Vivemos nos camarotes ,

Desfilamos na Sapucaí,

Somos capas de Caras...

E nossos buracos crescendo ,

O vazio crescendo ,

Nada preenchendo...

Sempre ostentando ,

Sempre gastando...

E o vazio lá ,verdadeira cratera ...

Fossas abissais cravadas na alma ,

Nada que o dinheiro compra preenche o vazio,

Nada condicionado nos faz feliz

E assim vamos nos iludindo tentando comprar coisas para entulhar

E tapar os buracos da alma...

Tudo em vão,

Ledo engano!