SERENIDADE DO AMOR
(Sócrates Di Lima)
Fecho os olhos e abro as asas,
e deixo voar o meu pensamento..
Longe de tudo até das casas...
faço minha viagem em sentimento...
Ali no alto,
Entre montanhas e flores,
O vento é um salto,
o mar em seu rumores...
Lentamente suas ondas delizam,
e quebram suas ondas distantes,
O mar sereno em ondas quebradas beijam,
A areia como dois amantes.
E a brisa espalha odores,
Flores tantas,
Em brancas cores,
como as manhãs que se levantam.
E o céu na sua cor de liberdade,
O azul se quebra em brancos,
O verde azul na sua serenidade,
suavidade nas tardes em flancos.
Corre então os sonhos soltos,
Nas saudades esquecidas,
amores divinais mortos,
Almas tantas adormecidas.
E nesta viagem dirigida,
Como ave plaina ás superficies,
Vontades de amar amanhecida,
nos arrebois invenciveis.
E corre nas asas o sangue que se espalha,
Alimentando o voo em busca do novo amor,
A esperança nunca falha,
Como nunca falha o beija-flor.
Como uma tarde entre as flores e o mar,
A brisa leva e traz o perfume da felicidade,
Alegria e sonhos num intenso desejo de amar...
No encontro dos corpos e almas de cumplicidade.
E quando a amor nasce e voa como uma pena...
Em ventos e brisas da saudade,
Pousa em ninho, no corpo da morena...
Meu templo do amor em terna serenidade.