INFERNAL

 
Perfume doce
Recruta
noite pela janela escura
O vulto semblante
Que deixa o andante
Estúpido
Pára sentado
Pés dormentes
Coração nas flamas
De um cúpido plumado
Que vem com a sombra
Cativante ondas
Que dançam
Quando a cortina
começa  mostra-la
Piteira longa
Trespassa e a afronta
Parece lançar
O calor furror
De corpo
Que derrepente
Se atira
Na piscina pela janela
Demora voltar
O susto sombrio
Assovio de vento
Fraco
Retrato de um filme
Se ocupando
Do medo
Vibra as trêmulas
Advinhas
Do admirador
Qual pavor devora
O agora
Ela sai da água
Bikini de pele alva
Quase a mostra
O que ele procura
Cônjura no arbusto
Devo agarra-la
Sofre pensamento
Fluidos ao vento
Vendo ela se misturar
Nos sonhos que tem
Seus olhos de gata
Inflamada
Descobrem o intruso
Confuso invasor
Devagar pálido
Impõe seu muro ácido
P’ra ela avançar
Desmanchar seu cáculo
Venenoso
Ele agora aos nervos
De um louco
A possui na vertigem
Selvagem
Amam-se na linguagem
Da grama verde
Sobre um solo de fogo
Na sede de quem invade
O outro por dentro.