como sementes
as cores
que colorem
e inundam
as margens
dos meus rios
sem aragens
na minha alma
na penumbra
no curtume
no húmus
selvagem
de outros dias
com a leveza da coragem
de pular muros
derrubar ciclos
penetrar estrumes
de colorir do perfume
da manhãs
fecundas
imundas do lodo
de viver instantes
como sementes