Da Despedida

Quando me disser um arrependido adeus,

diga com o olhar porque preciso saber

que não há despedida dentro dos olhos seus...

que eles dizem que precisarão me rever.

Não quebre o silêncio com verbos tão ateus

que não creem no que falam...e nem querem crer;

repita, apenas, o que lê nos olhos meus...

tudo que diria, se pudesse me dizer.

Que o silêncio seja um poderoso deus!...

e que ouçamos a forte voz do seu poder;

dizendo o que não diz o mudo bem-querer

(um grande amor em dois corações pigmeus):

que, com a despedida, os dias serão breus

mas, nos nossos olhos, nada vai emudecer.

11-09-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 12/09/2014
Reeditado em 11/12/2015
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