CORO LABIADO
CORO LABIADO
Anjos com máscaras fúnebres,
Todos labiados cantam a morte,
A musa caiu para o sono eterno,
Não passa de figura de mármore,
Carne fria deitada entre flores...
Seres labiados pálidos cantam,
Só o carmim labial se mexe...
Todos pasmos pela deusa morta,
Pela covardia, ousadia ou coragem...
Os pulsos enfaixados de vermelho,
São seres labiados inertes no peito,
Tudo é branco menos os lábios...
Lábios que sussurram e indagam,
Tudo num tumultuado silêncio...
A esquife fecha... Um soluço...
Um desmaio no canto... Adeus
André Zanarella 26-12-2013
Labiado. Que tem lábios.