Banco da praça
Banco da praça, tu és mudo.
Não te mexes e não tens vida,
mas tens ouvido a vida de todo mundo;
tens uma missão cruel e sofrida.
As pessoas chegam com suas cargas nas costas,
compartilhando suas desgraças para os outros.
No final não acham respostas;
mas sim, ajudam a destruir-te aos poucos.
O peso da verdade
dos infelizes e descontentes
de todas as pessoas da cidade
que em ti descarregam todas as suas cargas presentes.
Banco da praça, não és tão infeliz
pois têm a família que por lazer ama usar-te
fique feliz pois a pessoa que te fez,
tem mil motivos para te amar e não destruir-te.