Páginas mortas
Páginas mortas
As tardes em que te perdi
são páginas mortas na minha história.
Por elas, as minha noites foram frias
e um tanto quanto nebulosas,
de incertezas de vida,
de irresistência até a aurora,
pelo temor em viver
e não ter-te noutro dia...
E a lua, num céu de luto,
ao léu e em constante solidão,
zombou da minha agonia
desdenhou minha tristeza,
pela perda do meu amor,
pelas brumas das tais tardes...
Se a lua esbanjou em fulgor
só me refletiu saudades...
E tudo perdeu sua cor,
nada mais aconteceu,
só aumentou a minha dor.
O meu mundo despencou...
E o mar transbordou
pelos prantos meus.
Beto Acioli
09-09-2014