Assim sou...

Sou inconstante como o vento

Não me culpe se deixou a janela

Do seu coração aberta, e eu entrei...

Sou brisa ou vendaval em seu peito

Se nele repousei...

Se, sopro mais forte ou acaricio,

São obras meramente do acaso

Se sopro quente ou sopro frio

Se, avanço ou se me atraso

É a natureza da minha alma

Portanto, não me culpe, é sem intenção;

Se hoje, sou leve e calma,

Mas se amanhã desfaço seu chão.