A luz das nossas mãos
Nossa justiça já foi injustiçada/
Nossa lei ilustrada/
Nossos direitos mau usados/
Nossa igualdade diferenciada/
Nossa miséria banalizada/
Nossa fome enganada/
Nossa dor ridicularizada/
E ainda temos que nos vestir de palhaços/
Para eleger alguém quem nunca foi como você/
Não sabe onde é, e nem quis aprender/
Que a situação aqui em baixo é de morrer.
E ainda temos que eleger alguém que foi como você/
Mas agora só pensa no poder/
Se a gente não parar/
Se a gente não gritar/
Não se enxerga um cidadão/
Até mesmo quem vai a eleição/
Como poderemos querer/
Imaginar um país melhor/