Ecos de meus silêncios
Será que não vês, será mesmo que não ouves
Este grito aflito que vem lá do fundo da alma,
De minha alma, da tua, de todas, de tantas,
Que até mesmo agora nem mais se encanta,
Se levanta e brada contra o mundo, se acalma,
E não mais clama contra o tanto que reproves.
Este silêncio sepulcral que em mim ressoa,
Como torreões dos castelos de sonhos desfeitos,
Como os balbucios de fetos assassinados,
E a solidão de amores no peito guardados,
multidão a caminhar por corredores estreitos,
muda, calada e já nem mais como antes ecoa.
Onde se perderam sonhos que sonhei, imensos,
Em que caixa de Pandora foram guardados,
Calados, mutilados, até mesmo empobrecidos,
À espera do breve momento em que, enlouquecido,
Grite ao mundo louco o muito que hei amado,
E por ele ressoe enfim os ecos de meus silêncios.
Será que não vês, será mesmo que não ouves
Este grito aflito que vem lá do fundo da alma,
De minha alma, da tua, de todas, de tantas,
Que até mesmo agora nem mais se encanta,
Se levanta e brada contra o mundo, se acalma,
E não mais clama contra o tanto que reproves.
Este silêncio sepulcral que em mim ressoa,
Como torreões dos castelos de sonhos desfeitos,
Como os balbucios de fetos assassinados,
E a solidão de amores no peito guardados,
multidão a caminhar por corredores estreitos,
muda, calada e já nem mais como antes ecoa.
Onde se perderam sonhos que sonhei, imensos,
Em que caixa de Pandora foram guardados,
Calados, mutilados, até mesmo empobrecidos,
À espera do breve momento em que, enlouquecido,
Grite ao mundo louco o muito que hei amado,
E por ele ressoe enfim os ecos de meus silêncios.