Equilibrista
Nas asas do poema
galopeio palavras
- parecem um corcel de letras.
Balançando
entre vias-lácteas e
anéis de Saturno
dou a volta ao mundo.
Solto no vento
eu voo passarinho.
Passar-ei
passar_indo
passar_ás?
Brinco de equilíbrio
mas o meu trapézio
é de estrelas
- às vezes cadente.
Então fico mesmo é na corda bamba.
Fátima Mota