Só podia ser poeta...

Sou sim...

Aos quilos...

Estribilhos de ais, não me adulteram...

Mesmo cega,

são as coisas belas que me atraem...

Mesmo muda e sem sorte,

dispenso o galho de arruda... Abençoo a morte!

Já tomei posse desse estágio...

Em belo adágio deixo o meu ponto de vista:

" A vida não se ganha, se inventa"...

Ser humano não basta é preciso ser da lista,

dos que, se não existem, gerem o próprio parto.

Dos que tomam a lua de assalto,

e olham o mundo mais apaixonados...

Dos que não temem o fado e espantam o enfado,

semeando flores, mais que espinhos...

Dos que abrem caminhos, rezam a paz...

E quem os vê,

nem imagine,

que com eles as chaves de todos os mistérios...

Poeta e cada dia, mais!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/09/2014
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